Conhecimento, desejo e atitude de estudantes de Medicina e Enfermagem sobre a doação de órgãos
In: Revista Brasileira de Educação Médica, Jg. 48 (2024-04-01), Heft 2
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Resumo Introdução: A necessidade crescente de doadores de órgãos e de profissionais capacitados impulsiona novos estudos que esclareçam o entendimento e comportamento da sociedade perante a doação de órgãos. Estudantes de saúde vêm sendo alvo de estudos por seu influente papel social e, além disso, quando formados, farão parte de etapas fundamentais da doação. Contudo, evidencia-se conhecimento insuficiente dos estudantes apesar de possuírem atitude positiva. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o grau de conhecimento, desejo e atitude perante as doações de órgãos entre os acadêmicos de Medicina e Enfermagem na cidade de Recife, em Pernambuco. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado a partir da análise de questionários respondidos por estudantes de Enfermagem e Medicina nos últimos períodos acadêmicos. Além de dados demográficos, os estudantes foram questionados quanto ao entendimento sobre aspectos da validação de possível doador, diretrizes do protocolo de morte encefálica, motivações e opções pessoais em relação à doação de órgãos. Resultado: De fevereiro a dezembro de 2022, 218 questionários foram coletados, dos quais 208 entraram para a amostra. Dentre os estudantes, 57,2% eram do sexo masculino, a média de idade foi de 24 ± 2,7 anos. Dos graduandos, 85,1% cursavam Medicina, e 14,9%, Enfermagem. Apenas 49% dos estudantes sabiam da não necessidade de neurologista para o diagnóstico de morte encefálica. Ademais, 63% não sabiam quem é o responsável por abordar a família do potencial doador. Grande parte dos acadêmicos já considerou a possibilidade de ser doador de órgãos, representando 92,3% do total de estudantes avaliados. Dos alunos, 67% afirmaram já ter conversado com as próprias famílias sobre a doação de órgãos e que elas conheciam essa decisão. Em caso de familiar apresentar diagnóstico de morte encefálica, 83,2% dos alunos consentiram a doação. Em relação aos possíveis benefícios materiais ou emocionais para a família do doador, 86,1% julgam que a doação de órgãos pode trazer algum benefício. Conclusão: Apesar da atitude positiva, o estudo evidenciou conhecimento insuficiente dos alunos, reforçando a necessidade de ampliação do currículo das universidades e criação de cadeiras direcionadas à aquisição de conhecimento e habilidades quanto à condução de casos de morte encefálica e atuação perante os potenciais doadores.
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Conhecimento, desejo e atitude de estudantes de Medicina e Enfermagem sobre a doação de órgãos
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Autor/in / Beteiligte Person: | Luiz Eduardo Correia Miranda ; Maria Vitória Rocha Santos Bezerra Maia ; Marina Gabinio de Araújo Pontes ; Inaia Mackert Pascoal ; Matheus Stillner Eufranio ; Ana Clara Galindo Miranda |
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Zeitschrift: | Revista Brasileira de Educação Médica, Jg. 48 (2024-04-01), Heft 2 |
Veröffentlichung: | Associção Brasileira de Educação Médica, 2024 |
Medientyp: | academicJournal |
ISSN: | 1981-5271 (print) |
DOI: | 10.1590/1981-5271v48.2-2023-0214 |
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